CEDS/SP comparece na luta contra a PEC 287 promovida pelos Mineiros30/03/2017

No último dia 24/03, na cidade de Belo Horizonte- MG foi realizado o Seminário "PEC287 O Desmonte da Seguridade Social", promovido pelo Sindireceita de Minas Gerais. A presidente do CEDS/SP, Kátia Nobre, acompanhada de sua vice, Mônica Botelho, compareceram ao evento que contou com a participação ativa dos deputados mineiros Adelmo Leão (PT), Júlio Delgado (PSB) e da deputada Jô Moraes (PCdoB).

Na acepção do termo, a palavra reforma traz a ideia de dar melhor forma, corrigir, consertar. A PEC287 trazida pelo Governo Federal vem denominada "reforma", mas no entendimento muito bem embasado de alguns políticos e representantes da sociedade não é exatamente o que se pode esperar.

Ocorre que nos moldes que está sendo apresentada a chamada Reforma da Previdência, que tramita pelo Congresso Nacional na forma da PEC287, não haverá melhora nos direitos da população, correção nos possíveis desvios futuros entre o que a previdência arrecada e paga de benefícios ou um conserto dos rumos nefastos que um cálculo atuarial indicasse. O principal embasamento para as pretenções do executivo nacional deveria ser um cálculo atuarial sério que demonstrasse as falhas e as projeções futuras para a previdência social, que não existe até o momento.

O evento foi organizado pelo Delegado Sindical de Belo Horizonte, Leonardo Catão, juntamente com sua Delegada Sindical Adjunta, Mari Lúcia Zonta. Contou com a participação das Delegacias Sindicais do Sindireceita de Belo Horizonte, Contagem e Uberaba; do SINFFAZFISCO; INTERSINDICAL; CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil; DEN – Diretoria Executiva Nacional do Sindireceita; CONACATE; e a Pública – Central do Servidor.

De acordo com o entendimento dos membros do legislativo e dos representantes de classe, as alterações constitucionais que serão promovidas pela PEC287 trarão mais probreza para o país, haja vista que grande parte dos municípios deve sua sobrevivência a um número considerável de aposentadorias; que os direitos ora perdidos são aqueles que a sociedade organizada levou cerca de 70 anos para conquistar; os prejuízos afetarão principalmente a camada mais necessitada da população; obrigar uma população a trabalhar por 49 anos, principalmente em serviços insalubres, é algo desumano; e argumentos não faltam para rejeitar uma proposta aviltante como a apresentada na pretensa “reforma”.

Em um Seminário excelentemente organizado foi possível expandir a consciência dos problemas a que toda a sociedade está sujeita, principalmente quando é conclamada a se manifestar contra as propostas que aí estão sobre a perda de direitos sociais, de forma a fortalecer no CEDS/SP a convicção, já aprovada em assembleia desde 11/3, em implementar um evento nos mesmos moldes na cidade de São Paulo.