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Dirigentes Sindicais de São Paulo compareceram a seminário sobre teletrabalho organizado pelo SINSPREV/SP03/08/2017

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Dirigentes Sindicais de São Paulo compareceram a seminário sobre teletrabalho organizado pelo SINSPREV/SP

A discussão sobre o assunto apresentou uma reflexão sobre as consequências a que ficam sujeitas o servidor público diante do que se pode chamar de avanço tecnológico.


Neste sábado, 29/7, foi realizado, pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo (SINSPREV/SP), um seminário estadual sobre Teletrabalho no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) para discutir as alterações no processo de trabalho e a implantação do INSS Digital. O seminário foi composto de duas mesas com os temas “Novos modelos de gestão e transformações nos processos de trabalho na atualidade” e “Projeto Piloto do INSS Digital”.

Foi apresentada aos participantes pela professora da Universidade Metodista, Dra. Luci Praun, uma análise de conjuntura envolvendo questões como as características e consequências da mudança rápida do capitalismo no mundo, a reestruturação do trabalho produtivo e o neoliberalismo, as dimensões da precarização do trabalhado diante das mudanças que foram trazidas por estas medidas e os efeitos da sociedade de classe para o indivíduo.

Pela ordem, membros do SINSPREV relataram a experiência adquirida ao participarem do projeto piloto de teletrabalho que vem sendo realizado pelo INSS, na cidade de Mossoró/RN. Na explanação e debate foram demonstrados alguns benefícios, bem como, os riscos aos quais a categoria fica sujeita em razão do que pode ser visto como um avanço tecnológico. Por outro lado, também esclareceram sobre alguns aspectos apresentados sob o escopo de um aumento de produtividade, mas sem retorno de garantias, que podem trazer possíveis prejuízos aos servidores e precarizar as relações de trabalho.

Impactos negativos do teletrabalho foram ressaltados, tais como: conflito entre jornada de trabalho e tempo livre em função de cumprimento de metas; não reconhecimento das doenças ocasionadas pelo trabalho; riscos a cortes de benefícios como auxílio-alimentação, auxílio-transporte e adicional de insalubridade/periculosidade; terceirização do atendimento; fragmentação da categoria; fechamento de unidades; diminuição dos concursos públicos; fim da carreira do seguro social.

Participaram, a convite do SINSPREV/SP, alguns integrantes da diretoria do CEDS/SP. Estiveram presentes sua presidente, Kátia Nobre, a vice-presidente, Mônica Botelho e o secretário-geral, Alexandre Rocha. Compareceu também, a convite da presidente do CEDS/SP, o delegado da Delegacia Sindical de São Paulo/SP, Luis Damiani.


O grupo interagiu positivamente com dois integrantes da diretoria colegiada do SINSPREV/SP, Eduardo Franco e Thaíze Chagas, deixando o reconhecimento da importância do evento e a necessidade de interação entre os representantes sindicais a fim de que se possa estabelecer meios de proteção diante das atuais mudanças por que vem passando o país e das medidas que vêm sendo tomadas contra o servidor púbico.